De fato, o meu maior erro foi ter permitido que um dia a Maisie entrasse em minha vida. Se eu não tivesse tomado decisões precipitadas, não estaria vivenciando as loucuras dessas mulher.
Apesar de não lembrar o que ocorreu na noite da armação de Maisie, não podia garantir que não transei com ela, mas se o fiz, foi inconscientemente. Ela provavelmente fez para arrumar uma forma de me prender a ela. Maisie estava enganada se achava que eu ficaria com ela. O nosso bebê nos ligaria eternamente, mas ela nunca mais diria ser minha. Eu nunca mais tocaria naquela mulher. Eu nunca a amaria.
Passei mais alguns minutos parado na porta da casa da Amy. Gostaria de entrar e convence-la do contrário, mas Amy parecia tão segura em sua decisão. Sem dúvida alguma, aquela era a maior loucura que Amy poderia fazer. Como ela poderia ser capaz de arruinar a si mesma por uma criança que sequer veio ao mundo e que não é nada sua? Essa era a minha garota, sua bondade não possuía limites.
Apertei a campainha algumas vezes. Eu não iria embora sem tentar novamente. Eu seria um idiota se não lutasse por Amy. Da janela do seu quarto, ela me olhou.
- Me deixe entrar. - Pedi. - Não me odeie, Amy.
- Eu nunca odiarei você, Log. - Ela forçou um sorriso. - Eu sempre te amarei. - Observei seus olhos marejados e seu nariz corar. Ela sempre ficava vermelha ao chorar. - Eu só quero que você respeite a minha decisão e siga com a sua vida.
- Amy... - Passei as mãos pelos meus cabelos, estava completamente nervoso. Ela não mudaria de ideia.
Amy desapareceu na janela e eu comecei a gritar desesperado. Nós tínhamos uma conexão única, as coisas não podiam acabar assim. Segundos depois, ela abriu a porta da casa e me deu espaço para entrar.
Minha pequena estava com o rosto inchado de tanto chorar. Uni seu corpo ao meu em um abraço terno. Amy soluçava de tanto chorar e ali, sem consegui me conter, chorei calado abraçado a ela. Chorei pela burrice que fiz. Chorei porque perderia a mulher da minha vida. Chorei porque estava novamente condenado a uma vida infeliz.
- Amy, nós conseguiremos passar por isso juntos, você não precisa me deixar.
- Logan, você não tem idéia do quanto eu estou magoada por saber que ela te dará um filho. Ela! Vocês sempre serão ligados um ao outro.
- Eu sou um grande idiota! - Esmurrei a parede sentindo minha mão latejar. - Você tem motivos para me odiar.
- Por que eu te odiaria? A culpa não foi sua, Log. - Ela acariciou o meu rosto. - Você só caiu nas armadilhas da Maisie. Infelizmente é algo sério demais para ser ignorado.
Conversamos mais um pouco e nada mudou. Apesar de tudo, estava orgulhoso pela forma que nos tratamos. Amy não demonstrou sentir raiva de mim, mas eu sabia o quanto ela estava destroçada. Ela me amava e eu a amava também.
- Como eu poderia viver sem te tocar, Amy? - Desci meus dedos por seus braços e apertei sua cintura.
Ela fechou os olhos com forçar. Parecia pedir forças para soltar-se de mim. Sorri.
- Como poderei viver sem sentir o seu cheiro?
Passei meu nariz em seu pescoço e notei cada pelo seu se arrepiar. Depositei um beijo calmo alí.
- E sem te beijar?
Ela pareceu não suportar mais. Empurrou meu corpo para o sofá, onde cai sentado.
- Uma última vez. - Ela jogou no meu colo, mas foi aí que me dei conta de que Amy perdeu todas as suas forças e desabou no choro.
Ela não queria uma última vez ao meu lado deveria ser a vida toda. Ela não queria um último toque ou um beijo de despedida, aquilo deveria ser eterno.
- Vá embora! - Ela levantou do sofá e correu até a porta. - Eu quero que você saia da minha casa e nunca mais voltei aqui. Suma!
- Amy, não...
- Eu não quero te ver nunca mais, Logan. Não vou sofrer por você. - Ela cerrou os dentes.
- Nós nos amamos, Amy Watson. Você não pode ignorar isso.
- Mas irei.
Ela puxou-me pela camisa e me jogou fora da casa. Bateu a porta atrás de si, subiu para o seu quarto e repetiu a batida na porta da varanda.
Agora sim ela estava com raiva.
Sem ter mais o que fazer, dirigi para casa. Não imaginava uma forma de fazer Amy desistir dessa ideia maluca, apelaria para a saudade que visitaria a minha pequena, uma hora ela voltaria.
Não dormi nada. Virei de um lado para o outro da cama por várias vezes. Aquele filho deveria ser meu e da Amy. Ela o amaria tanto, seríamos uma linda família. Desejava acordar ao lado dos dois, receber um beijo de bom dia de Amy e um sorriso gostoso do meu filho, mas isso não aconteceria. O bebê era da Maisie. Aquele monstro conseguiu me separar da mulher que eu amo, mas nunca me fará ser seu. Morro sozinho mas não serei seu.
***
"Menstruação atrasada, enjôos repentinos... Gelei. Fui direto para uma clínica fazer um exame de gravidez, não podia ter dúvidas de algo assim. Dias depois, o que eu já esperava fora confirmado. Não me assustei muito porque já tinha certeza disso, mas estava com medo. Medo de como criaria aquela criança caso o Dylan a rejeitasse e ele o faria.
- Como você deixou isso acontecer? - Ele me olhou desesperado.
Desde o dia em que nos aliamos para separar Amy e Log, estivemos juntos. Não tínhamos algo sério, afinal, o nosso objetivo era recuperar nossos namorados. Nesse percurso, acabei grávida do cara errado.
- O que vamos fazer? - Indaguei.
- Eu nunca mais terei a Amy. - Ele bateu na mesa com força. - Você acabou com tudo. - Ele me olhou com raiva.
Me encolhi no sofá e abracei minhas pernas. Dylan estava enfurecido comigo, senti medo do que ele poderia fazer.
Depois de algum tempo em silêncio ele abriu um sorriso de canto a canto.
- É isso!
Dylan beijou a minha boca e acariciou a minha barriga.
- Nosso filho nos salvará.
- Do que você está falando? - Franzi o cenho.
- Você dirá que o filho é do Logan." - Maisie
Venho aqui desejar um 2018 repleto de alegrias e de boas realizações. E já quero agradecer aos mais de 500 views. Para alguns, pouquíssimo, para mim, um privilégio. 💙
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