quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Capítulo 7 (parte 2) - Como somos

Retirei meu vestidinho e sentei na cadeira de praia enquanto espalhava o protetor solar pelo meu corpo.

- Que cara é essa, Log? - Questionei confusa. Ele estava com uma expressão facial de raiva.

- Aquele cara tá olhando para você. - Ele o encarou.

Sorri para ele e depositei um selinho em seus lábios.

- Você não deveria ligar para essas coisas, sabe que te amo. - Dei de ombros.

Havíamos escolhido conhecer Maragogi, em Alagoas. Estávamos em uma praia extremamente linda. O mar nos trazia uma paz intensa. A viajem já estava perfeita pelo simples fato de estarmos juntos.
Como demorei tanto para encontrá-lo? Como consegui conviver ao lado de um outro alguém que não fosse ele?

***

Abri os olhos com dificuldade. Bocejei. Senti seu hálito quente em meu pescoço e seu braço envolvendo minha cintura junto a si. Me desprendi dele e caminhei para o banheiro. Escovei meus dentes, lavei meu rosto e caminhei para a varanda. Abri a cortina e empurrei a porta de vidro. Senti a brisa fria tocar meu rosto. Sorri. Agradeci a Deus por tamanha paz. Senti um corpo quente tocar o meu. Seus lábios molhados beijaram o meu pescoço.

- Bom dia. - Ele sussurrou em meu ouvido.

Virei-me e beijei-o com delicadeza. Uni seu corpo ao meu em um abraço bem apertado. Enchi seu rosto de beijos e observei o seu lindo sorriso. Sentia-me privilegiada por contemplar aquele homem.

Mantive meus dedos bagunçando seus cabelos. Sua barba por fazer arranhava o meu pescoço enquanto distribuía beijos naquela região. Seu corpo junto ao meu emitia descargas. Precisava sempre dele. Seus beijos, seus toques... Cada parte do meu corpo sentia-se completa ao seu lado.

Aproveitamos alguns dias em Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Lugares com belezas magníficas. Cada memória se tornara inesquecível através de sua companhia.

***

- TÁ MEXENDO! - Gritei eufórica.

- Abre, amor. - Ele insistiu pela décima vez.

Olhei para a caixinha toda furada e com um lindo faço azul. Não...

- É um cachorro. - Meus olhos brilharam. - Ele é... - O peguei nos braços. - Lindo.

- Você gostou?

- Eu amo cachorros. - Abri um sorriso largo. - Obrigada, amor.

- Que nome você quer colocar?

- Freddie. - Acariciei a barriga do cachorro. - Acho que ele gostou. - Brinquei com as patinhas.

Freddie era um filhotinho de labrador. Parecia muito animado com o novo lar.

- Não acredito que essa fofura é minha. - Abracei o cachorrinho.

- Nosso filho. - Log brincou.

Mamãe havia me contado que eu tive um cachorrinho quando criança, depois de sua morte, fiquei muito desolada e decidi que não teria mais nenhum. Agora, iniciando essa nova vida louca, Freddie chegara.

***

- Por que o Freddie tá amarrado lá fora? - Logan perguntou ao chegar do plantão.

Não estávamos morando juntos, mas eu sempre estava lá para ajudá-lo. Como ainda não tinha minha memória recuperada, não voltei a faculdade.

- Deixei minhas roupas limpas na cama enquanto fui tomar banho. Quando sai, o Freddie havia rasgado minha calcinha. - Fiz bico e cruzei os braços.

Logan soltou uma gargalhada alta e me abraçou.

Freddie ainda era um filhote mas adorava aprontar essas coisas.

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