"Eu não sei se o que eu sentia era amor ou obsessão. Amy sempre esteve ao meu alcance, perto de mim, para mim. Eu não aceitaria a ideia de que ela seria de outro. Aquela era a garota que planejou uma vida ao meu lado: casamento e filhos. Sonhou que iria para a mesma faculdade que eu, que viveríamos um eterno romance. Seu acidente a tirou de mim, levou embora tudo o que ela sentiu por mim. Aquele acidente tirou as coisas do rumo certo. Ela nasceu para mim e morreria ao meu lado. Ela seria minha e eu seria seu.
2 horas da madrugada, corredores sem movimentação, capuz e clorofórmio. Eu colocaria um ponto final nesse embaraço na minha vida que se chamava Logan Price.
Ele andava pelos corredores do bloco administrativo olhando alguns prontuários. Naquele horário, aquele bloco se tornava quase inabitado, o que facilitou a minha entrada.
Passou pela porta em que eu estava sem perceber que algo de errado estava prestes a acontecer. Andei atrás dele, pressionei um pano com clorofórmio contra o seu rosto até vê-lo cair em minha frente. Ótimo!
Certifiquei-me de que o monitor das câmeras estaria cansado demais para perceber qualquer movimentação, o que me garantiu que eu poderia tirá-lo de lá sem ser pego.
Puxei-o pelo seu jaleco até uma porta que dava acesso à parte de trás do hospital. Amarrei suas mãos e pés, com dificuldade o coloquei dentro do meu carro e sai de lá. Diga Adeus, Logan." Dylan
***
Acordei completamente suada, o que era estranho, já que a noite estava fria. Não tive um pesadelo, mas meu coração estava apertado e batia descompassadamente.
Desci para a cozinha e tomei um copo de água. Olhei para o relógio de parede que marcava 3 horas da madrugada. Voltei para o meu quarto, tomei um banho rápido, coloquei uma roupa mais fresca e me joguei na cama. Aquela sensação estranha não passava e eu comecei a ficar preocupada. Peguei meu celular e me deparei com uma imagem mandada por um número desconhecido. Era o Logan.
- Mãe, acorda! - Balancei seu corpo.
- Amy? O que aconteceu, querida? - Ela sentou na cama. Seu rosto estava amassado e seus cabelos bagunçados, se eu não estivesse desesperada, riria.
- Aconteceu alguma coisa com o Logan. - Apontei para a foto no meu celular. - Precisamos ir para uma delegacia. Mãe, eu estou com medo.
Eu não sabia o que havia acontecido, quem havia feito aquilo, quem deveria procurar ou se eles conseguiriam achar o Logan.
A foto mostrava ele desacordado jogado no chão de uma casa qualquer. Estava amarrado e com o rosto cortado. O que fizeram com ele?
- Você não sabe quem pode ter feito isso?
- Claro que não. - Falei nervosa. - Vocês precisam ir atrás dele, por favor. - Choraminguei.
- Srta. Watson, nós não podemos ir atrás dele sem saber o local em que ele se encontra. Nossas viaturas já foram acionadas, mas não há um local específico que possamos procurar. Eu sinto muito. - Ele lamentou. - Também estão procurando no hospital em que ele trabalha.
Meu celular começou a tocar freneticamente. Imaginei que pudesse ser o sequestrador, então atendi com rapidez.
- Amy? Meu amor? - Sua voz estava fraca.
- LOGAN?
"Continue falando, nós iremos rastrear." - O policial falou baixinho enquanto outros se movimentavam com rapidez para consegui localizar o sinal.
Aquela era a nossa única chance de conseguir achar o Logan.
- Logan, o que aconteceu com você? Você se machucou muito? O que fizeram com você?
- Amy, foi o...
Fim da ligação.
Apertei o celular com força e comecei a chorar.
- Me digam que vocês conseguiram, por favor.
- Sim, nós conseguimos. - Eles sorriram vitoriosos. - Nós iremos até lá.
- Eu vou com vocês. - Levantei.
- Não! - Minha mãe me olhou desesperada. - É perigoso, Amy. Você ficou maluca? Eles são preparados para isso, você é só uma garota frágil.
- Mãe, é do Logan que estamos falando. - Dei de ombros. - Eu vou.
- Nós não deixaremos que você vá. - Um dos policiais de pronunciou já caminhando para a viatura.
- Será que vocês não entenderam que precisam de mim? Essa pessoa quer me atingir de alguma forma, ou ela não teria mandando a foto e me ligado. Eu estou envolvida nisso.
***
"Era uma casa velha de madeira. Eu costumava brincar ali com a Amy quando éramos crianças. Sim, eu mataria o seu amado ali, para que ela entendesse que deveria ser minha e que qualquer pessoa que entrasse no nosso caminho, aquele seria o destino. A morte do Logan era o preço que ela pagaria por ter me lançado fora.
Joguei seu corpo lá dentro, sentei em uma cadeira e esperei que ele acordasse. Mandei a foto para a Amy de um número desconhecido, aquela seria a sua última lembrança do seu amado, só sobrariam as suas cinzas.
Não demorou muito para que o desgraçado acordasse se contorcendo para sair dalí. Sua vida estava em minha mãos... Quão boa fora a sensação de poder decidir entre matar ou deixar permanecer vivo. Claro que eu mataria.
Com um canivete, comecei a abrir pequenos cortes em sua pele. Ele gemia de dor. Ele sentiria a mais profunda dor antes de deixar esse mundo.
- Desgraçado... - Ele murmurou tentando me chutar.
- Que tal você dizer umas últimas palavras para a Amy?
Disquei seu número, esperei que ela atendesse e coloquei o celular em seu ouvido. Aquela seria mais uma tortura, ouvir a voz da Amy e saber que nunca mais a tocaria. Desliguei quando me dei conta de que ele me entregaria. A Amy não poderia saber que eu tive parte nisso.
- Cala essa boca! - Chutei suas costelas e o observei se encolher.
- Por que você não me solta para que possamos resolver isso de homem para homem? Você é um covarde, Dylan. - Ele sorriu debochado. - O pior de tudo é que mesmo após a minha morte, você nunca recuperará a Amy. Nós somos épicos." Dylan
Minhas últimas palavras deixaram o Dylan irritado. O mesmo caminhou com passos duros até fora da casa.
Meus olhos brilharam ao ver o canivete que ele deixara sobre a cadeira que sentou. Aquela era a minha chance.
Dylan conversava com alguém ao telefone, o que foi o suficiente para que eu me arrastasse até a cadeira e com dificuldade pegasse o canivete, cortando as amarras e me cortando um pouco também.
Ouvi a sua voz e constatei que ele estava na frente da casa. Abri a porta do seu carro com cuidado, dei partida e sai.
Fui surpreendido com tiros vindo de toda a parte. O desgraçado corria atrás do carro com duas pistolas na mão. Por estar no meio de uma mata cheia de árvores e pedras por toda a parte, era difícil aumentar a velocidade do carro. Os vidros já estavam todos quebrados. Ouvi um estrondo, uma dor insuportável começou a surgir em meu ombro e o sangue começou a escorrer pela minha roupa. Sem noção alguma do que estava fazendo, olhei para frente e já não pude desviar mais, eu estava capotando com o carro, descendo por um barranco.
Últimos capítulos, meus amores. O que vocês estão achando da história? Eu serei boazinha e o deixarei vivo ou esse será o triste fim do Logan? Comentem!
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